Quem és tu, doce alma?!
Quem és tu? Quem és tu que gera encanto?!
É de certo não ser desse plano, pois é visível não se valer no engano…
Jeito de ser que surpreende, tão intenso, mas tão contido...
Como podes estar tão em si e tão comigo?!
Se fecha em doce observância, mesmo ali à distância, onde sente, não ressente...
Olhar profundo, que me abre, mas não me invade. Que reconhece que de si, apenas o querer bem, depende.
Esse é o olhar que toda vida procurava e em algum ser e jamais encontrara…
Olhar da alma, olhar que acalma, que repara, quando ao encontro do meu, o peito dispara, eita olhar esse, que tira a fala!
Nele encontro asilo, como também doce ternura...
Se bem que acho, essa vir disfarçada de bravura.
Bravura tal, que como um animal, nem sempre é provido de calma.
Mas sempre age com a alma, alma essa que é abrigo, lindo esconderijo que acalma.
Como podes estar tão em si e tão comigo?!
Dela emana uma luz, sua áurea por demais reluz.
De certo ser divino, o ser portadora de tal força que a nós e a si conduz.
Quem és tu, doce alma?! A qual o físico é simples capa que lhe foi dada.
Que assim prossigas, cumpridora desta linda missão, que a ti, há muito está confiada.