Quem és tu, doce alma?!

Quem és tu? Quem és tu que gera encanto?!

É de certo não ser desse plano, pois é visível não se valer no engano…

Jeito de ser que surpreende, tão intenso, mas tão contido...

Como podes estar tão em si e tão comigo?!

Se fecha em doce observância, mesmo ali à distância, onde sente, não ressente...

Olhar profundo, que me abre, mas não me invade. Que reconhece que de si, apenas o querer bem, depende.

Esse é o olhar que toda vida procurava e em algum ser e jamais encontrara…

Olhar da alma, olhar que acalma, que repara, quando ao encontro do meu, o peito dispara, eita olhar esse, que tira a fala!

Nele encontro asilo, como também doce ternura...

Se bem que acho, essa vir disfarçada de bravura.

Bravura tal, que como um animal, nem sempre é provido de calma.

Mas sempre age com a alma, alma essa que é abrigo, lindo esconderijo que acalma.

Como podes estar tão em si e tão comigo?!

Dela emana uma luz, sua áurea por demais reluz.

De certo ser divino, o ser portadora de tal força que a nós e a si conduz.

Quem és tu, doce alma?! A qual o físico é simples capa que lhe foi dada.

Que assim prossigas, cumpridora desta linda missão, que a ti, há muito está confiada.

Glauca Ravenna
Enviado por Glauca Ravenna em 27/10/2017
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