Solidão

No vazio,

sinto clausura em minha dor.

Meus olhos me enganam,

quando buscam alento no horizonte,

mirando tua silhueta

que um dia passeou em mim,

e como tatuagem marcou meu corpo,

me fazendo sorrir!

Tão triste a solidão,

de quem a mundos pertence,

não se misturando

na mentira da multidão!

Tão esnobe o canto,

do colorido colibri

que ao me ver minguar

soluça com imponência

lembrando que minha dor

me cala, me fere, me mata!

Tão visceral é meu desejo

de teus dedos tocar,

preencher sua boca,

dançar em tua festa,

cantar a teus ouvidos,

Te fazer Eu!

Tão medonho é o medo,

de não existir par ti,

sentir desdém agonizante,

fornalha na pele

queimadura na alma!

E então;

Viver e não ter vida!

Acordei com este na cabeça!!!

Pirritinha
Enviado por Pirritinha em 17/11/2017
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