Solidão
No vazio,
sinto clausura em minha dor.
Meus olhos me enganam,
quando buscam alento no horizonte,
mirando tua silhueta
que um dia passeou em mim,
e como tatuagem marcou meu corpo,
me fazendo sorrir!
Tão triste a solidão,
de quem a mundos pertence,
não se misturando
na mentira da multidão!
Tão esnobe o canto,
do colorido colibri
que ao me ver minguar
soluça com imponência
lembrando que minha dor
me cala, me fere, me mata!
Tão visceral é meu desejo
de teus dedos tocar,
preencher sua boca,
dançar em tua festa,
cantar a teus ouvidos,
Te fazer Eu!
Tão medonho é o medo,
de não existir par ti,
sentir desdém agonizante,
fornalha na pele
queimadura na alma!
E então;
Viver e não ter vida!
Acordei com este na cabeça!!!