Cuida do meu (prepotente) coração
Deixo- te meu coração:
Desarmado,
Sofrido,
(Im/Ex)plosivo,
Apaixonado...
... cuida-lhe das artérias, veias
Perpassa-lhe uma outra safena;
Se preciso for, e sei que o será,
Canaliza-lhe de volta o sangue,
Que não mais quer bombear...
Deixo-te o que de mais puro tenho
Em mim, o que de mais valor possuo,
Meu pedacinho ainda não maculado
Pelas agruras que essa vida me impõe
Não há joia que a ele se compare, ou,
Razão maior, que não a dele, possas ver...
Trata-o como se fosse teu, o meu,
Esse, que de mansinho te entreguei,
Só não queiras fazer dele teu lacaio,
Isso não deixo... nem ele, já teu cativo
Deixo-te, sim, pra que dele bem cuides,
Com zelo igual ao amor que eu te dei...
(Reeditado- para todos que possuem a capacidade de amar.)