Casa
Ela, o nevoeiro denso
Da janela de casa
Pouca coisa enxergava
E o que se via, distorcia
E de resto, assustava.
Eu, a nevasca fria
Que cobriria a sua casa
Trancaria a sua porta
Mas se soubesses, correria.
Eu te amo loucamente,
ela dizia.
Eu te amo desesperadamente,
eu respondia.
Mas nesse desespero todo
Eu talvez aprendia a calmaria.