DE RESTO - rondó

DE RESTO - rondó

Não guardarei amor tão-só,

Nem por saudade; nem por dó

Dos dias que vivi contigo.

Deixo-nos nomes sob abrigo

D'esse rebuscado rondó.

Resta a mim voltar a ser só;

Desfazer na garganta o nó,

Quando teu nome desdigo.

Lembrar-te como um sonho antigo

E olhar p'ra frente sob perigo

De repetir o havido só!...

Se apenas pó de volta ao pó

As flores secas no jazigo...

Betim - 02 12 2017