Quem dera...

Da minha janela contemplo o céu escurecido.

Um vento frio toca meu rosto, me acariciando.

Como se me consolasse a falta que tenho de ti.

Quem dera que escutasse o grito da minha alma.

Que chama pelo teu nome.

Ah! Se atendesses ao apelo do meu coração!

Se sentisses a dor da minha saudade.

Saudade essa que me consome.

Quem dera que chorasses o meu pranto.

Que desejasses os meus afagos.

E quem sabe, essa saudade não doia tanto.

Essa tristeza não seria tão triste...

Seria saudade dividida!

Veio contigo tanta riqueza de amor.

Amor que abracei com tanto calor.

Amor que de mim escapou, deixando essa

lembrança nostálgica.

Ficando em meu coração o pesar de um

amor fugido. Antes tão amado!

Aurinete Alencar
Enviado por Aurinete Alencar em 21/10/2005
Código do texto: T61948