Condor insaciável

Falar do ardor da cerca que restringe

o sonho do lunático lírio que trabalha

a esperança do tilintar no sorriso moreno

fagueiro da hora derradeira.

Da arte primeira que expressa a aurora

que de pronto corrobora para o sonho

tão pronto se nega, pois, o trabalho adia

o amor se desespera do seu fogo intenso

Que não há lenço que enxugue os lençóis

como enxames aos arrebóis

desatinam a cantar, vitória destemida

o amor a vibrar preenchendo os embaraços

A união das bocas mudas que trocam silêncio

o mel conferindo à cena traços de volúpia

o amor entregue ao deleite

chora a derradeira despedida.

J Carlos
Enviado por J Carlos em 10/12/2017
Reeditado em 25/12/2017
Código do texto: T6194839
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