Um Eterno Natal
No silêncio do campo curto em horas vagas
A poesia que canta a natureza
Acompanhando o sussurrar do vento
Que vem do leste em rajadas crespas
Bater de cheios em portas e janelas...
Anunciando um eterno Natal!
É o esplendor da natureza encenada
No sopro cadencial, disforme e lento...
Sem pedir licença vem se aglutinar
De quando em vez ao trinar dos pássaros
Compondo versos com seus movimentos.
Olho as aves a riscarem o espaço
Bordam os ares com ricas partituras
Na sinfonia de variadas notas
São Natais de vida e liberdade
Renascendo em cada coração
Um conceito novo de paz e de perdão
Que medra das ações testemunhadas
No exemplo maior do bem que apraz
É Natal no coração da vida...
Na manjedoura tosca é apresentada
A taça da crença para ser sorvida
Em novo tempo, todo de colores
E ébrios de amor agradecer e servir,
E viver sem medos e sem temores
Por todos os Natais que ainda virão!