Polígamo Anônimo

A sociedade impõe, limita, meu corpo padece;

A religião castiga, alerta, meu coração padece;

A família aconselha, vigia, em vão, não domino a atração;

O arrependimento queima, machuca, dar um tempo é a solução;

A voracidade carnal consome é incontrolável, já foi se o tempo;

A fuga é constante, a submissão é presente, foi se o descente;

Ah! Minha amada dissimula, a fraqueza é evidente;

De onde vem essa atração incondicionalmente?

Medo, temor, de um final já esperado;

Sei que estou e sempre estarei apaixonado;

Não quero que meu Amor sofra por um pecador;

Não quero sofrer de desnutrição carnal, meu corpo gozar de dor;

O tempo, a idade, curará essa míngua?

A tristeza, a frustração acabará com essa ilusão?

E, você, minha amada entederá essa atração?

Perguntas sem respostas, fraqueza sem alimentos;

Isto, reflete a manipulção dos meus sentimentos.

Que delícia, que corpo maravilhoso, que engano!

Será a fórmula do meu futuro soturno?

Não há passado, presente, nem futuro;

Há o momento,em que se deliciamos;

Acorda, a realidade não é essa, isso é efêmero;

Mas, para que acorda, sim a reminiscência é eterna?

Ah! Meu Deus será excesso de hormônios?

Receio ser um eterno POLÍGAMO ANÔNIMO.