POEMA DO AMOR PLATÔNICO
Confesso isso que me mata,confesso...
Reverso da medalha, migalha,
querer este prazer
e tudo que o valha...
Aliso tua barriga amiga,
esfrego-me em teus vãos,mãos
para percorrer teus relevos,
latitude e altitude até morrer...
E nem preciso de você
para gozar, basta lembrar
o que pode acontecer
e de repente aconteces em mim...
Sou algo entre mar e areia,
talvez uma sereia a te encantar,
e dou e sou tão mulher
nesta conquista,invista em meus seios,
sem anseios,recheios em tua boca,
eu louca a te devorar,amar-te
em imaginação, ilusão de quem quer
ser a única mulher em teu olhar...
Por que estou a navegar em vento?
Tempo passa e eu amo só,sou escrava
desse amor cego e sofro e me entrego...
Coração fecha as portas,esqueça
quem não te abraças,seja apenas flor...
Um dia, quem sabe, terei teu amor...
Karla Bardanza