CONFESSE...

Confesse, que quando parto

o abandono te invade;

o tempo é quieto e mudo.

Até a lua falta na noite!

Confesse, que quando parto

tu perdes a vaidade pelo

caminho e nem se dá conta.

Até a letra geme no poema!

Confesse, que quando parto

a parte bela das coisas some;

o mundo não é mais que um

pedaço de rua. E o céu chora!

Confesse, que quando parto

corre um rio de dúvidas na

tua cabeça e alaga teu ser.

Hoje sumo das tuas margens!