Vôo Num Abraço

A caminhada precisa ser iluminada

É preciso ver o caminho,

Ver os obstáculos, para evitá-los

Desviar o curso, aprimorar a jornada.

Desprezar os escuros, querer luz e

Nem precisa ser própria

Pode ser refletida,

Refletida na forma branda

No ser determinado, na garra de chegar.

No Querer dengo , chamego. Mimos da alma, um presente ao outro sedento, faminto, ávido por alimentos que não estão à vista, mas tornam o olhar dócil, receptivo ao querer bem.

Indisponível a frieza, a indiferença, a crueza.

As belezas da cena poética de cada ser só ele as reconhece. Só ele as persegue, as espreita e delicia-se com o abandono bom, a preguiça de parar para tudo e viver daquele tempo para se conhecer e reconhecer-se no direito de viver sua felicidade garantida.

E é o que se pensa a qualquer hora, é o estar atento, porque nunca se sabe quando isto vai acontecer, mas reconhecer, parar e viver já é a mais valia.

Depois é só correr para o abraço, corpo e alma entrelaçados nas carícias de si e do outro.

Os conflitos fazem trégua e vivem a pureza da saúde.

Daí tudo fala de tudo, o silêncio ensina, e as necessidades se completam. O adulto vira criança e a criança voa nas suas próprias descobertas.

É muito bom viver se é possível renascer a cada momento, pois o tempo é sempre novo. Viva o tempo novo cada novo tempo! Boa tarde caríssimos (as).

In: 'Vôo Num Abraço' prosa de Ibernise.

Barcelos (Portugal), 27JAN2015.

Ibernise
Enviado por Ibernise em 23/01/2018
Código do texto: T6233759
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