Como se olhasse o céu

Seguia-me com a ânsia de ser amado

e olhava-me como se olhasse o céu...

Sorviam os lábios um cálice de rum.

Havia na pele amor e enganos...

Seus olhos não me pertenciam.

Nem o casto sorriso numa tarde

insana.

Seguia-me com a ânsia de ser amado.

Pronunciava palavras úmidas nos dias

compridos e no silêncio das janelas

ao luar.

Tinha os dedos nas estrelas...

e um reinado feito de sonhos.

Com a ânsia de ser amado

entregava-me o céu e o sol

na primavera dos desejos.

Pedro Porta
Enviado por Pedro Porta em 04/02/2018
Reeditado em 06/02/2018
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