Juliette

JULIETTE

Há implosões em meu Ser

Convulsões existenciais em tortura

Síndrome que me paralisa os sentidos

De viver a vontade silencia

Como autista de todos afasto-me

Mente aflita em clausura

Prisão sem grades

Sepultura...

Em minhas mãos sangram as Poesias

Vomito palavras em profusão

A velha verborragia degenerada

Idéias confusas propaga

Cospe ventos e tempestades

Furacões!

No silêncio do quarto meu

Ouço canções de infância

Fragmentos em ácida chuva

Abrem chagas na alma ferida

Qual pinça de escorpião

Mortal veneno inocula

Rio de lágrimas

Martírio...

No Vale Sombrio estou

Lado negro em mim oculto

Metade lua em degredo

De dentes o ranger se faz

Exílio!!!

( O sacerdote no altar só está

Sacrifícios em cinzas de fogo

Derreteu-se o bezerro de ouro

Virou fumaça o poder

Imolada foi a Fé

Mamon!!! )

No devaneio refugio-me enfim

Surtos psicóticos apunhalam-me

Entregue as praias de ilha ninguém

Devorado pelo monstro Passado

Solidão sem fim agoniza

Navio abalroado por atroz Saudade

Naufrágio da Liberdade

Submerso Titanic

Fantasmas...

Na Odisséia de minha vida desvairada

Ela é carruagem no amanhecer

Luz na escuridão

Cigana Rainha

Amor de outrora

Juliette!!!

Pulsar
Enviado por Pulsar em 08/02/2018
Código do texto: T6248965
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