O AMOR POUSOU NA JANELA
O amor pousou na janela certa vez;
Meio abatido, com asas desfeitas,
Mas ainda era o amor.
Não parecia inteiro, faltava-lhe o fôlego,
O fogo, o calor...
Era um tanto quanto infeliz o pobrezinho;
Mas não restava dúvida, ainda era o amor.
Pensei em abrir uma fresta da janela,
Espiar de mansinho,
Que tolice a minha! Amor traz constipação!
E aquele, mesmo não sendo um dos grandes,
Ainda era amor...
Eis que um vento sem sobreaviso passou,
Vi quando o amor ele levou,
Pobre miúdo, nunca será dono de si...