O AMOR POUSOU NA JANELA

O amor pousou na janela certa vez;

Meio abatido, com asas desfeitas,

Mas ainda era o amor.

Não parecia inteiro, faltava-lhe o fôlego,

O fogo, o calor...

Era um tanto quanto infeliz o pobrezinho;

Mas não restava dúvida, ainda era o amor.

Pensei em abrir uma fresta da janela,

Espiar de mansinho,

Que tolice a minha! Amor traz constipação!

E aquele, mesmo não sendo um dos grandes,

Ainda era amor...

Eis que um vento sem sobreaviso passou,

Vi quando o amor ele levou,

Pobre miúdo, nunca será dono de si...

Quel Moura
Enviado por Quel Moura em 12/02/2018
Código do texto: T6251475
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