No Juízo

Quando o dia chegar,

Quando a cidade dormir,

E todos tendo medo de rezar...

Os pecados nos atormentando,

Então, só me vem o medo de não estar me amando!

Saí do coma e vi o quão é cinza,

Olho pro céu e apenas mais uma neblina,

E antes que chegue o nevoeiro do medo...

Imagino tudo o que vivi contigo,

As dores de lembrar dos sorrisos que me trouxe.

Demorei, mas senti seu brilho.

Me acolheu, trazendo um alívio!

Meus lábios gelados,

Recebem seu beijo e calor.

Já não estou tão estagnado...

Um amor é o bem mais raro,

No final de toda a neblina, corpos na sarjeta...

Dias caem como areia

Numa grande e pesada ampulheta!

Pagando por seus pecados,

Corações dilacerados,

Corpos rasgados...

E só me resta o medo de

Nunca mais te ter,

Única coisa que me deixa em desespero.

Ficar sem você, meu maior pesadelo!

Em meio à tantos gritos,

Única coisa que eu realmente sinto,

É o teu suspiro.

Por teu calor, eu suplico...

O amor que me salva,

É o que limpa minh' alma.

O mesmo que me acalma,

O que te mata...

Algo doentio que vocês sentem,

Que danifica tua mente.

E que te apodrece,

Amor ao dinheiro,

Rasgando seu peito.

Corrompendo o sujeito!

E agora está preso,

Sentindo o seu peso...

Eu clamo por você,

No meu juízo,

Estou sorrindo,

Pois ao teu lado

Vivi os momentos mais lindos!

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 12/02/2018
Código do texto: T6252049
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