Aquarela do beijo

Olhar atraente como um néctar para uma abelha

Assim eu retribuo com piscadelas feito mel

Tão doce é o fitar já pela manhã serena

Com o luzir do pôr do sol

Me acaloro ao ter o deleite em vê-la

Com sons vindo do meu estômago

Que se assemelham a borboletas apaixonadas

Meu olhar entrega o que se passa no íntimo

Não posso e não consigo parar de mirar em você

Esse olhos azuis feito um céu índigo

Num fim de tarde de verão

descoberto de qualquer nuvem

Só você e eu nesse retrato que simboliza o genuíno amor

Sua linda voz me agracia, sua beleza estonteante condecora a palavra mais bela

Vejo-a em meu jardim que é um paraíso

Desnuda de qualquer timidez e não querer

Longínqua dos empecilhos que um dia nos atravessou

Lá, eu pego em suas mãos macias

Aproximo de ti, como a aragem vinda do mar

Pego-a pela cintura, e olho para dentro de sua afável alma

Com toques de seda, a mostro o caminho conseguinte

Acaricio os cabelos, aliso seu amável rosto

E emudecidos pela atração, trêmulos pelo vapor do amor

Nossos olhares se fundem, alumiam um ao outro

Cada centímetro aproximado, o olor da paixão ferve

Cada milímetro mais perto, a centelha dispersa

E mais do que esperamos, mais do que desejamos

Vem a tona o beijo que nem o mais cinematográfico poderia competir

Nossos lábios se ligam, unidos como as estrelas ao universo

Como a lua a noite, como um passarinho ao seu voar

Costurados em um fulgor intenso, inexplicável

Naquela tela pintada com aquarela dos mais belos sentimentos que existiram.

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 17/02/2018
Reeditado em 17/02/2018
Código do texto: T6256880
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