Entendendo os espinhos para aceitar as rosas

Aos olhos trêmulos, com toda a ternura:

queria abraçar-lhe, levar conforto,

descansar seu coração, recostar teu corpo,

acalmar seu pranto, fazer-te sentir segura.

Vejo daqui, és completa doçura,

e esse seu olhar é o meu cais de porto,

marejado olhar, como o mar revolto,

a tragar para si a esperança mais pura.

E olhando pra ti, acarinho seu rosto,

vejo sua angústia descer das alturas,

como a todo mal sempre há uma cura,

serei para você o elixir pra agora pouco.

Melhor assim, com o riso mais solto,

e com essa felicidade, inteira sua.

De joelhos, quero fazer-lhe uma jura:

nunca mais serás triste com outro.

Estendo a minha mão para fazer-lhe um pedido,

e de pé, sussurro ao seu ouvido:

você aceita namorar comigo?