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MUSA
(Sócrates Di Lima)

Quisera eu ter uma musa,
Para inspirar minhas canções,
Longe de algumas poesias confusas,
Que machucam o meu coração.

Quisera eu ter uma Musa,
Como tantos poetas as tem,
Mas a solidão é intrusa,
Que acaba me deixando sem ninguem.

Iria dedicar-lhe uma estrela,
Desenha-las em meus pergaminhos,
Mas, como te-la,
Se vazio está o meu ninho.

Iria dar-lhe a Lua,
O meu melhor sorriso,.
A minha alma nua,
O eu único paraiso.

O Sol dar-lhe, eu queria!..
Para aquecer o seu coração,
A luz dos meus olhos noite e dia,
Mostrando-lhe a minha direção.

Ah! Como eu la teria como única,
Amor e ternura como um roseiral,
O seu corpo seria minha túnica,
Não haveria amor outro, igual.

Da-lhe-ia, minhas loucuras,
Minhas pegadas de amor...
Ser-lhe-ia sem frescuras,
Seu melhor trovador.

Ah! Falta-me por ora uma outra vida,
Para somar duas vidas em meu viver,
Seria então, sem ida e sem partida,
A eterna musa do meu renascer.

Que fosse a mulher das minhas vontades,
Que mantivesse meu corpo sempre em chamas,
Que fosse uma dócil dama na sociedade,
E minha única prostituta na minha cama.


 
 
 
 
 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 03/03/2018
Reeditado em 03/03/2018
Código do texto: T6269869
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