O QUE NÃO SE CALA

O sangue

Que um dia exangue

Brota

De meus poros

Jorra

Não só

Suor

Mas coisa melhor

Escorre

A poesia

Que não morre

Corre

Nas veias

Em minhas teias

E poreja

Todos os furos

Derruba muros

Me desfolha

E molha

Minha pele

De alma

E emoção

De calma

E coração

Exala

Assim

De mim

O que não se cala

Nem querendo

Nem morrendo

Nem matando

Só cantando...

Sigmar Montemor
Enviado por Sigmar Montemor em 28/08/2007
Código do texto: T627875