Vem à estância galponeira o trigo a ouro,
o sol respirar-lhe os cabelos
Não bastasse essas estampas graves,
de gestos fervorosos e olhar tranquilo,
necessitas-te rio, que lavra e refresca,
ocupando tudo em derredor
[ Ah e eu amo, dolorosamente ]

Algo queima-me por dentro,
enflora o sangue já tão vencido,
desde a loucura do corpo aos incêndios da alma 
... Difícil não ceder à voragem sangrando a terra...

E amo, mais que tudo,
a forma como ardes em tua própria violência .



 


 

 
Da série Pajadores do sul

 



Tela - Leonid Afremov
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 14/03/2018
Código do texto: T6279620
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