DE REPENTE
DE REPENTE
De repente toda dedicação, amor e felicidade
Escorregou dos olhos e se esparramou no chão.
Toda a alegria, toda vontade se emudeceu.
Tudo tão de repente!
De repente o belo, muitas vezes admirado
Se perdeu na curva fatídica do acidente inesperado!
O brilho no olhar se embaçou, deu lugar
A um sorriso triste, falta de vontade de tudo.
Sobretudo, de amar!
Tudo tão de repente!
Soltos como navio à deriva, a espera
De um porto seguro, ou de mares
Menos revoltos, nos perdemos!
Nos perdemos naquela alegria
Do estar junto e o caminho
De tantas estradas... Morreu!
Morreu vítima do acidente inesperado
Dos machucados não cicatrizados
E de uma burrice sem fim…