DE REPENTE

DE REPENTE

De repente toda dedicação, amor e felicidade

Escorregou dos olhos e se esparramou no chão.

Toda a alegria, toda vontade se emudeceu.

Tudo tão de repente!

De repente o belo, muitas vezes admirado

Se perdeu na curva fatídica do acidente inesperado!

O brilho no olhar se embaçou, deu lugar

A um sorriso triste, falta de vontade de tudo.

Sobretudo, de amar!

Tudo tão de repente!

Soltos como navio à deriva, a espera

De um porto seguro, ou de mares

Menos revoltos, nos perdemos!

Nos perdemos naquela alegria

Do estar junto e o caminho

De tantas estradas... Morreu!

Morreu vítima do acidente inesperado

Dos machucados não cicatrizados

E de uma burrice sem fim…

Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 20/03/2018
Código do texto: T6285646
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