Verdade Submersa

Saibas meu amor

Qua a minha verdade

Tem pureza, tem maldade

Não tentes me tolher

Não tentes me calar

Aprendas a viver e saibas respeitar

Aceitemos o presente

Estamos sós, embora apaixonados

Gira mundo, gira mar

A vida passa num segundo

Como uma preamar

Quando a madrugada chegar

Inebriado de nostalgia

Sei que estarás.

Perceberás que não durmo ao teu lado

Quarto escuro, lençol calado

Então chorarás um pranto sentido

Lembrando dos tempos idos,

De muita loucura e paixão.

Gritarás, chingarás,

Amaldiçoarás com fúria incontida

O fantasma de uma mulher

Que viveu com liberdade

Mas no íntimo tu sabes

Que ela te amará por toda a eternidade

Gira mundo, gira mar

A vida passa num segundo

Como uma preamar

São paulo, mar/1994

Cátia Paiva
Enviado por Cátia Paiva em 24/10/2005
Reeditado em 27/11/2005
Código do texto: T62941