Amor é aquilo que fica

Amor é aquilo que fica depois que a raiva passa,

É aquilo que ainda faz a pele arrepiar

É aquilo que ainda te faz perder a concentração de tanto pensar

Amor é aquilo que te despe de orgulho

Ah o amor...

Como disse Drummond, o amor bate na aorta, mas ele também bate na porta, bate na cara da gente, bate sem dó e te deixa completamente perdido.

O amor não tem piedade

O amor não quer sabe de orgulho bobo ou de quem mandou a última mensagem. O amor quer ser escutado, o amor quer ser lembrado. Ele te revira as entranhas, te lança do abismo sem se interessar se você sabe voar, mas o amor pula junto, ele se joga no mesmo abismo, mas ele não grita desesperado, ele se entrega, ele fecha os olhos e ainda sorri, amor gosta é de adrenalina.

O amor não gosta de encontros escondidos, o amor é leonino, ele gosta de exaltação, ele gosta de aparecer como um pavão. O amor só sabe falar dele mesmo, mas é tão lindo quando o amor fala que colocar a mão no queixo para ouvi-lo é a única alternativa.

O amor ainda está ali depois da briga, é ele que te obriga a pedir perdão, é ele que te faz ser melhor, ou pelo menos parecer melhor do que é. E o amor tem um sorriso lindo, o amor tem aquele sorriso que dói as bochechas sabe, que a mandíbula não quer mais sorrir mas não pode fazer nada pois o amor manda na boca.

O amor também é bicho pirraçento, você diz que não quer e ele ri, como que pra mostrar quem é que manda, parece que bota a mãozinha na cintura e fala: Vamos ver então.

Mas quando o amor se entristece e se joga no chão, não há nada mais dolorido de se ver, não tem músico ou poeta que não se compadeça, todo mundo corre para acalentar o amor, mas o amor só se entristece quando vê que não tem mais pra onde ir, apesar de ser um bicho cheio de esperança. Sim o amor é muito esperançoso, qualquer mínimo gesto o amor já salta e fica eufórico e grita pra todo mundo.

O amor se alegra com pouco, qualquer coisinha faz o amor feliz. Sabe como eu sei disso? Hoje quando você sorriu o amor ficou louco dentro de mim, olhava pra você entortando a cabeça e gritava comigo: FALA COM ELA, FALA DE MIM PRA ELA, FALA QUE EU AINDA TÔ AQUI, ANDA EU TÔ MANDANDO, FALA PRA ELA QUE EU NUNCA FUI EMBORA E QUE SE ELA CONTINUAR SORRINDO ASSIM EU JAMAIS VOU PARTIR.

Mas eu me segurei, amor é bicho doido né, não sei se é bom a gente ouvi-lo.