A Doer

Sou corpo.

Em mim nascem caminhos.

Vão e voltam,

ficam parados a doer

como se fossem mal do tempo.

Acordam a pele e a fome.

E quero, na avidez, engolir o mundo,

sangrar nas arestas da tua liberdade.

Sou eu, agora, a cidade,

o vício, a procura,

a voz rouca que exige a tua sede.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 10/04/2018
Código do texto: T6304949
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