DORME ELIS

Elis dorme e o tempo me flutua,

passarinho às vezes de um voo.

Sou mais livre tanto que sou leve,

ora vivo como alguém quem esperou

não ter asas e em tendo que voar.

Dorme Elis assim humanamente,

sempre quis um anjo imaginar,

de repente, adorando eu me pego

a pessoa, nego tudo que não há.

Beijo a testa, fina pele, porcelana,

fazem festa meus sentidos aflorar,

velo o sono, sentir nela ir cuidando

noite a dentro tanto quanto posso amar.

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 24/04/2018
Reeditado em 14/03/2019
Código do texto: T6318146
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