Poema 28

Os peixes do meu rio de sangue

Navegam no calor do meu corpo de terra

Cardumes encontram seu rio de sangue

Navegando no seu corpo de terra

Corpos de terra se encontram

Num terremoto implacável

Apenas um peixe do cardume

Chegará pelo rio de sangue da flor

O peixe é a semente

Gênese da vida

Concebida por uma flor

A semente vira outro

Peixe com rio de sangue

Concebendo outra flor

O amor é um combate de corpos

Derrotados pelo mar da entrega

O mel é o sal que adoça

Corpos numa colmeia

Bruno Valverde
Enviado por Bruno Valverde em 11/05/2018
Reeditado em 14/05/2018
Código do texto: T6333802
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