Melhor nunca saber

De tanto chorar, calei-me!
Ressenti!

Longe de quem interpreta a dor
como bem quiser.

Numa vida sem emoções
O “pouco” me satisfaz.

De tanto ser abandonada,
a entrega é cogitação.

Expectativas, não mais!

Não mais de nada,
nem obrigada a assumir esse papel
de ficar te esperando,
sempre iludida, ali toda sua!
Sempre sua, sem sentir.

Sem saber o que isso realmente é...

Se é amor, capricho ou sei lá,
talvez nada disso, em pratos limpos.

A fantasia era minha melhor amiga...

Das nuvens ao chão, que queda!

Com certeza eu morri...

Metade de mim é frio
E a outra se recosta à ínfima segurança,
de que nada nem ninguém
vai me fazer mudar de ideia.

Novamente a boba da história?
Sem essa...

Se isso for frieza, tanto melhor.

Quando esperei não era a hora
Agora, talvez, eu caia em engano
Ou então, na pior das hipóteses.

Morra de amor...
As duas coisas numa só...

O coração quando se parte,
Quantos pedacinhos se perdem
nessa brincadeira de indecisão?

Sim ou não,
O tempo visto como uma roleta-russa
Contando com a sorte
Quase nada, sem proteção.

Assim é amar de olhos fechados.

Maio/2013.
Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 11/05/2018
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