Eterno enquanto fosse...

O pressentimento chegou

reconfortando o uivo do vento

com o arrepio da morte;

Abriu as cortinas

dando início às falas de um lobo maldoso,

Foi quando um anjo sestroso desceu em meio à tempestade,

Tinha asas de papel reciclado- (cartonado ?)

e uma auréola de arame,

Vestida com papel dourado;

Desce rapidamente,

Pareceu-me mais com uma queda, mas vamos lá,

Ele assopra o joelho ralado,

Em meio ao pó cinzento do palco abandonado,

que deveria ter sido devidamente lavado ,

e vai declamando, de repente, com a voz embargada e doce

uma poesia de Vinicius de Moraes,

e fico pensando,

ah, se eu fosse assim tão duradouro,

seria eterno, enquanto fosse...

https://www.youtube.com/watch?v=10bntxy4848

Normalmente você vive disperso, fragmentado. Um pouco de energia é absorvida pela sua raiva, outro tanto é absorvido pela sua ganância, outro tanto pela sua luxúria e assim por diante.

E existem tantos desejos à sua volta que você fica sem energia nenhuma; você acaba oco, vazio.

Lembre-se do que disse William Blake - há uma grande sabedoria nisto -; ele disse: "Energia é alegria". Mas não lhe resta nenhuma energia; toda a sua energia vive descendo pelo ralo.

Quando todas essas energias não são mais desperdiçadas elas começam a encher o seu lago interior, o seu ser interior. Você fica repleto. Uma grande alegria brota em você.

Quando começa a transbordar, você se toma um buda e passa a ser uma fonte inesgotável.

Só quando for um buda você provará o que é a compaixão.

A compaixão é um amor sereno - não frio, veja bem - sereno.

É um compartilhar da sua alegria com toda a existência.

Você passa a ser uma benção para si mesmo e uma bênção para toda a existência.

Isso é compaixão.

meu amigo Chandra