um segundo vivido

Nem por um segundo paro de pensar em você,

É como se o sentimento intacto, e aficionado,

Ficasse a mercê dos seus irresistíveis encantos,

E completamente preso numa realidade só nossa.

E nesse devaneio absoluto quero estar um segundo mais,

Nesses braços amorosos que afagam-me a todo o momento,

E poder vislumbrar o infinito, o horizonte bonito.

Respirar o puro ar das manhãs,

Cerrando os olhos para poder sentir sua presença,

E sonhar... como se estivesse no paraíso, que apenas encontro ao seu lado.

Nas linhas exitosas dos versos,

Planar leve e sublime, como uma pluma ao céu,

Sentir a saborosa sensação da doçura do mel,

Do seu sentimento puro e real, que aflora a cada segundo.

E sob o sol morno do outono,

Quando o dia vai se despedindo calmamente,

E o crepúsculo doura o céu,

Seu semblante furtivamente vem a mente,

Toma forma de uma fina obra de arte,

Classicista e marcante por natureza.

E nos passos da paixão,

Busco encontrar palavras, desvelar a inspiração,

Num sorrateiro e ínfimo instante,

Despir por completo o coração,

Para atingir o âmago do seu sentimento.

No disfarce ideal para te encontrar,

Visto mil faces,

Assumo o supremo risco e pecar contra a razão,

E deixar fluir caudalosamente, a voz do coração,

Numa enxurrada de sentimentos belos e sedutores.

A poesia que abarca estas palavras,

Não é fruto do acaso, ou da pura e vil métrica combinatória,

Ela brota puramente da mente, da inspiração profícua,

E jorra como uma fonte onipotente,

Ganha vida e atinge as alturas,

Em versos descuidados e despretensiosos.

O que os versos férteis ensejam,

É buscar no fatídico instante de um mero segundo,

A vida que passa e esvai-se....

Em velocidade frenética, desgovernada,

Indecifrável para o pensamento,

Que capta-a e sente a nostálgica sensação de ter vivido.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 19/05/2018
Reeditado em 25/01/2019
Código do texto: T6341097
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