Foi por mim
Sim, foi por mim que gemi, ao escrever estas linhas da vida, e outras
Mais que senti, mesmo
as que cegamente fingi,
E outras tantas que escondi, na gaveta profunda do meu silêncio, Gritei tanto
Como no dia em que morri, e morrerei outras
tantas vezes em ti,e em todos gestos que sonhei
Nos que escrevi e desenhei, compeendo
que o infinito do verso
E Um rio sem água
jardim sem flores
Um deserto sem dunas
poema sem versos
Nada me saciará desta
Como quem escreve poemas
Sem pensar…