Cartas de um Assum Preto - Rouxinol
Ela enfim abriu as asas.
Ela era tão linda, mas tão linda
Que o próprio vento
Para baixo de suas asas ia
Alimentando seu voo.
Suas belas apresentações sempre encantavam,
Fosse no canto, no pouso
Ou até mesmo no acordar.
Cantava para o sol ou para os outros
Cantava para a vida, para o dia,
E de longe dava pra reconhecer quando se aproximava.
De pio a pio ela me convencia
E a cada verão um novo canto eu entoava,
Só para celebrar a bela.