Manto de Luto.

Pelo silêncio de outono

Seus olhos atravessam a saudade

E me traz o derradeiro desespero

Tornando-se a minha alucinação!

E na alma do manto de luto

A minha flâmula sai da aorta

Tocando várias coisas do mundo

Sobre o punhado da solidão!

Ó mudez que atordoa meu íntimo

À felicidade que te acompanha

Diante dos seus beijos açucarados.

Mas, se agora, partir sem lhe tocar

Vestirei a noite como meu cântico

E a derramarei entre meus lábios!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 27/05/2018
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