E SE ASSIM NÃO FOR...

 
Sonhos soltos
no vento do descaso.
Corpo envolto
em laços desatados.

Tudo que faço
o tempo desfaz,
assim me desfaço
distante da paz.
 
Num átimo do instante,
o reencontro...
Sigo adiante,
embarco em outra viagem.

Caso não seja por amor,
fantasio imagens
desnudo a pele...
 
Cubro a visão
para a alma não ver...
Se assim não for,
que eu não mais sangre
a dor do desamor.
 
Nada mais restando,
desprendo a emoção
num verso pranteando.

Que a intuição desencante
da vida todo o inverso...
Morro em cinzas finas
e que a rima cante
o reverso desta sina.
 
 
2006

 

 
 

 
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 02/09/2007
Reeditado em 17/07/2011
Código do texto: T635104