E SE ASSIM NÃO FOR...
Sonhos soltos
no vento do descaso.
Corpo envolto
em laços desatados.
Tudo que faço
o tempo desfaz,
assim me desfaço
distante da paz.
Num átimo do instante,
o reencontro...
Sigo adiante,
embarco em outra viagem.
Caso não seja por amor,
fantasio imagens
desnudo a pele...
Cubro a visão
para a alma não ver...
Se assim não for,
que eu não mais sangre
a dor do desamor.
Nada mais restando,
desprendo a emoção
num verso pranteando.
Que a intuição desencante
da vida todo o inverso...
Morro em cinzas finas
e que a rima cante
o reverso desta sina.
2006