Silenciosa forma de amar

Amo-te no silêncio da noite, sem

Que a mesma perceba que a lua me faz te lembrar.

Guiado pela brisa, sem rumo, pela madrugada fria

Cujo, orvalho como silenciosas lágrimas a escorrer

Na face das pétalas, faz gritar no âmago o desejo.

E tudo isso reflete o que o meu coração diz, sem dizer

Uma única palavra, na arte de se calar dizendo tudo.

Amo-te no silêncio perpetuado, dos olhos que gritam

Ao te ver, ou por necessitarem te ver...

No mesmo silêncio que uma brasa acende no peito

Que aquece, não tem jeito, e mal sabes tu, que é o

Desejo em aquecer-me em teus Abraços.

Amo o silêncio involuntário dos desejos, que acenam

Frenéticos como se lhes faltasse ar. Amo a textura da pele,

Seus lindos lábios silentes, explode-me o desejo em

beijar-te em silêncio... sentindo o calor da sua boca... a

doçura macia num silêncio quebrado pelo respirar, como

A sussurrar: “te quero “... – como se gritasse : “para sempre “.

O silêncio interpreta-me o amor, ao decifrar as minhas vontades

Mediante sua falta, e revela sua falta pela imensidão do vazio

Deixado pelo silêncio. Pois e nele que te decifro, te desejo,

E me inspiro numa silenciosa forma de amar...

Silvano Silva R

Sil silva
Enviado por Sil silva em 22/06/2018
Código do texto: T6371340
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