SOLIDÃO, ÀS VEZES

Tem momentos que a solidão se impõe
Não é para ferir, é a necessidade de estar
Perante si mesmo
Não se pretende estar longe do amor
É mera questão de tempo e espaço
Não sentir o calor do corpo
O brilho dos olhos distante

Dormir ausente do físico
E do vulto amigo
Da mulher amada
Delirar, sonhar um sonho distante
Pretender um amor contínuo
De conto de fadas
Em mundo real e muitas vezes cruel

Ah, o meu entendimento tem que ser com a vida
Fazê-la entender que caminhar junto é o meu melhor
É o que sempre fiz
É o que aprendi fazer
Meus olhos querem ver além de mim
Precisam mais do que à visão do corpo
Precisam da visão do amor


evaldodaveiga@yahoo.com.br