Útero

A manhã já aponta,não posso tangê-la!
O acidente de existir só meu;
O estar ausente só meu;

E desta catarse,sei que tudo nasce,
Quanto é divino,coisas e amor e de prazer;
Quantoé sublime cio e sóis de outra face!!

Espero tua insuficiênia,somos cadência,que ate-nos a vida ;
Queremos pouso,queremos cais,entre tantas outras;
Não descansa o tempo e retrair em odres,amores que vem
e que recolhe ervas e flores tantas;
Nos dão absinto e mel,nos dão trigo e calor,
já não me pertenço!!

Me dói o que sustém-me de espanto,e reclusas noites;

Talves sangue brota denso,no útero e no ventre;
Sou fêmea,de raízes flor e eito;
Sou fêmea num compasso de ter  do que não disponho,
o verso,ah! o verso curou feridas, antes de existir a poesia em mim!!!
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 02/07/2018
Reeditado em 02/07/2018
Código do texto: T6379486
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