AMOR! SENTIMENTO PROFANO?

Ardente fogo a incendiar as antigas sombras de minh’alma

A nela cantar todas suas recônditas fantasias... tão antes escondidas

A que neste instante não mais ela geme nem soluça

Arrebatada a que, pois tanto está em sua glória

Ah, sagrad’essência a quem em su’alegria então extravasa

Daquela que antes não podia voar

Ou, quem sabe, sair de si mesma

E agora vede que não é mais a mesma dos tempos de outrora:

Tão inocente... t]ao ingênua... tão tola!

D’ardente volúpia que agora a leva ao mais alto dos céus

E portanto a ele se eleva

Embora não seja aquele tão reprovado pelos mundanos hipócritas

Oh, não!

De form’alguma

A que se permite ser então roubada pelos beijos de quem ama

Até chegar ao clímax de sua carne

E assim, eis todo o seu júbilo... vede nela toda sua ledice

Ah, o amor!

Sê-lo-ia um sentimento profano?

Ao que eu digo que não

A não ser pelos que votos fizeram por então não amar

Em nome de Deus... que é amor?

Oh, ao que não assim creio

E destarte, quão miseráveis eles os são!

OS: Inspirado no belíssimo soneto “Sentidos Tão Profanos”, do talentoso e incrível poeta Judd Marriott Mendes.

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 03/07/2018
Reeditado em 03/07/2018
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