Amor Negro

É hora de rir, sem se esgotar em brandura e calar.

Não se confina no pradrão azul, no preto da desesperança.

Intriga, gozar de prazeres alheios.

Olhar a companheira ao lado e sintomaticamente, despedir-se

sem chorar.

Escrever em muros dourados com carvão de luz cintilante.

Bordar em roupas medievais nossos anseios e desatino.

Esquivar-se da sombra do mau presságio do fico, da ternura.

Embriagues dos nossos sonhos.

Na batida apertada do coração.

E as cartas com os mesmos erros (esse relevante).

E do amor fincado no peito.

Falta você para a vida sorrir mais, e cessar esse vendaval de desgraça.

Sem colher lágrimas doce e maçã podre.

De um fim mal recomeçado e desmezurado pela desconfiança.

Brilha de novo o sol, e vem a escuridão.

Do desejo de não mais ser o amanhãm.

Fique com deus, diante de mim.

Sonoros aplausos.

Teatro de amor.

Guardem bem o racor.