Sordidez do amor
A tarde cai no batente,
A amada se faz ausente,
Mas que calor.
Aquele amor “esquecido” berra-me,
A claridade reluzindo cega-me.
Paira-me a dor.
De lágrimas almejo um rio,
A transpiração me traz calafrio,
Quero o frescor.
Tenho sede do seu carinho,
Na garganta a ressaca de andar sozinho
Não sinto sabor.
Já tonto eu vejo seu corpo esguio
Miro ao fundo um sorriso frio,
Vejo a cor.
Sussurra-me lenta a voz da verdade,
Penso na completa insanidade,
Oh ilusão do amor.
Confundo minha saudade de ti,
Com o extremo ódio por deixa-la ir,
Mas que horror!