ROSA LIBERTA
Rosa Liberta
Uma rosa virgem
Cai em botão
Ao primeiro golpe,
Ao primeiro gesto.
Ali se inaugura
Outra rosa mais pura,
Mais límpida e mais bela,
Atenta a todo anterior descuido,
Ao sono anterior,
Ao desvelo de não ser rosa
Mais púrpura.
Deixa sempre para trás
Sem olhar
Cada dissonância de seu caminho
Pregresso. Além
Os caminhos são largos, farto
Futuro de halo aberto,
Comunhão, prazeres de rosas
Entrelaçadas dando-se as mãos
Para diante de seus ramos e espinhos.
Rosa de Futuro é seu nome
Enfim fundado. Bandeiras se
Abrem à sua passagem simples,
Quase imperceptível de tão óbvia
De ser rosa enfim exposta, desnuda,
Mostrada aos quatro cantos
E os quatro ventos
De ser rosa e andar imbatível a teu lado.