ROSA LIBERTA

Rosa Liberta

Uma rosa virgem

Cai em botão

Ao primeiro golpe,

Ao primeiro gesto.

Ali se inaugura

Outra rosa mais pura,

Mais límpida e mais bela,

Atenta a todo anterior descuido,

Ao sono anterior,

Ao desvelo de não ser rosa

Mais púrpura.

Deixa sempre para trás

Sem olhar

Cada dissonância de seu caminho

Pregresso. Além

Os caminhos são largos, farto

Futuro de halo aberto,

Comunhão, prazeres de rosas

Entrelaçadas dando-se as mãos

Para diante de seus ramos e espinhos.

Rosa de Futuro é seu nome

Enfim fundado. Bandeiras se

Abrem à sua passagem simples,

Quase imperceptível de tão óbvia

De ser rosa enfim exposta, desnuda,

Mostrada aos quatro cantos

E os quatro ventos

De ser rosa e andar imbatível a teu lado.

Fernando Munhoz
Enviado por Fernando Munhoz em 22/07/2018
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