Meu amor alienígena

Podera eu, ser doutro feitio

Ó força divina que em ti confio

Como cometeste tamanho desastre?

Conceber-me ET e fazer-me terrestre!?

Sem ao menos avisar meus amores que sou aberração!

E ainda permitires que a mim se entreguem de coração!

Fizeste-me exímio conquistador

Sem ensinar-me a evitar causar a dor

Ai dos meus olhos que não resistem a odor

de mulher!

É tanto pranto delas em que afundo, e minha alma se estraçalha,

Molham-me o espirito de pesar que para enxugar já não há toalha.

As terráquias são egoítas em partilhar prazer

Eu de sei-lá onde, coata-se-me a enché-las de lazer

Reencontram-me e encontram-se neste emaranhado passional

E pregam-me sermões cada uma defendendo sua causa pessoal

Por alguma razão sondam a minha verdadeira identidade

E só por isso se lhes impede exigir que lhes jure fidelidade

Mas vejo nos seus olhos a encandescência rubra do ciúme

Terei eu sido feito do esterco, ou de restos de algo vil!?

Rendidas a paixão, abraçam-me, dão um conselho servil:

Dizem esperançadas para que eu faça a minha escolha:

– Medita com a mente e escolha com o teu coração – dizem elas

Eu só respondo: meu coração é traiçoeiro e minha mente é suja...

Silikane Watomassyane
Enviado por Silikane Watomassyane em 25/07/2018
Código do texto: T6399827
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