Reclusos do tempo

Seres exasperados em alvoroço

Vivenciam a ilusão da liberdade

Enganados pela sagacidade

Querem usurpar o universo.

Não vê que estão encurralados

Presos nas masmorras do tempo

Não vivem, existem apenas

Confinados, alarmados e doridos

Acossados pelo passado, não têm

O presente, e o futuro vai distante

Desprezados, velam suas sepulturas

Ornamentadas de insignificâncias.

No senhorio das riquezas que os escravizam:

São dependentes das próprias independências.

Meu ser, porém, vive insano e leviano,

Livre das decepções do passado,

Livre das preocupações do futuro.

Meu ser vive o agora, soberano,

Vive a eternidade do presente.

O passado foi carcomido pela mudança

O futuro é volúvel, não é de confiança.

Minha alma liberta de falsidades,

Aparada para todas as liberdades,

Reconhece todas espécimes de amarras

Não se lhe apanha nas manhas bizarras

Da crueldade do contratempo,

Que lhes enfada no destempo.

Eles são os reclusos do tempo.

Ilibado de todas culpas

Livre por entretemos

Vivo alheio de tudo...

Silikane Watomassyane
Enviado por Silikane Watomassyane em 29/07/2018
Código do texto: T6403494
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