VOZES ALVAS
Queixas comuns,
vindas do teu luto banal,
soltam pedaços
sem arrasar
o raiar do sol.
Mesmo gemidos seguem trocas:
da atmosfera vingativa,
tu celebras o saldo,
uma corrida para luzes árticas.
Há sussurros
de um medo regelado ,
mas o gelo também irradia
a manhã que voltará
da madrugada dos teus animais polares.
E se ossos foram gastos em homilias,
em chagas de espelhos perenes
Ainda assim verás sempre a aurora
das tuas vozes boreais.