ENTRE MÃOS ( De mão para mão)

Essa presença constante,

Aqui do lado, dia e noite, extensão de minha vida

da carne ao espírito errante.

Segue além do dedo médio,

onde do corpo acaba o tédio

Dos braços, em sua extremidade.

É fio que amarra o desenlace

Da mágica em um passe

de outra vida a felicidade

em que se prende

E que se rende.

É prisão

Docemente escolhida,

Decidida,

Acolhida,

E bem doada, como quem dá o pão.

Em sua mão a minha palma, (resquícios de minh'alma)

É dela o dourado do anel

Que lhe coloquei no dedo anelar.

Elo carregado de esperança,

Círculo infinito da aliança

O verde a faiscar.

Daquele dia primeiro

A nos unir desde a festa

do sonho ao realizado,

Até o suspiro derradeiro

Há um fato bem casado.

Das minhas mãos às suas,

O sonho verdejante

Já virou tantas luas,

Unindo-nos eternamente.

Dalva Molina Mansano.

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 03/08/2018
Código do texto: T6408185
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