SAUDADE ATO ONZE
SAUDADE ONZE
O seu calor me abraçaria à noite,
a queima para mim seria a dor de teu domínio
em um perfeito dia de setembro,
primavera sem lágrimas diante da colheita do fascínio.
Hoje almoços quadrados são os meus duelos,
caminhões chegam para o fim do expediente,
e outros mortos me avisam agora,
os contatos, caules da noite, eram apenas farelos.
Os farelos na imagem dos mil receptáculos;
a longa madrugada de descoberta;
uma extensa ferida aberta.
E o provável nascimento do ser amor,
entre muitas facas afiadas
estacadas em nosso interior.