SAUDADE ATO ONZE

SAUDADE ONZE

O seu calor me abraçaria à noite,

a queima para mim seria a dor de teu domínio

em um perfeito dia de setembro,

primavera sem lágrimas diante da colheita do fascínio.

Hoje almoços quadrados são os meus duelos,

caminhões chegam para o fim do expediente,

e outros mortos me avisam agora,

os contatos, caules da noite, eram apenas farelos.

Os farelos na imagem dos mil receptáculos;

a longa madrugada de descoberta;

uma extensa ferida aberta.

E o provável nascimento do ser amor,

entre muitas facas afiadas

estacadas em nosso interior.

Elza Viana Araujo e Paulo Fontenelle de Araujo
Enviado por Elza Viana Araujo em 05/08/2018
Reeditado em 28/09/2018
Código do texto: T6410227
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