Disfarce

Mesmo na angústia dos disfarces.

Mesmo nos labirintos da imaginação que, ora cria coisas reais, ora mergulha em fantasia. E se o que eu penso não for real?

E se tudo o que eu leio na contemplação quase hipnótica do seu olhar for apenas fruto de uma carência quase tântrica, que faz existir coisas que nunca existirão? Sou excessos de perguntas. Sou excesso de covardia.

Não ouso perguntar. Já esperei um sinal seu que não veio.

Talvez nunca venha. Mas na minha mania louca, eu ganho pedaços de vida observando a escuridão daqueles abismos. Neles eu caio, eu mergulho, eu me perco...