Efêmero

Efêmero era o amor que nós sentíamos,

No caso da nossa inevitável morte,

Quem restaria para provar essa efemeridade?

Podemos escrever em livros e viverá sempre,

Pois o que foi escrito jamais será apagado;

Errei, as pinturas nas paredes em cavernas,

Os escritos em paredes por todo o Egito,

As palavras cravadas em argila na Síria,

Os pergaminhos que liam os filósofos gregos,

Sobreviveram mas contariam do nosso amor?

Mesmo a arte, os quadros e esculturas,

As peças de teatro, os filmes, as danças,

Levariam esse momento vulgar eternamente?

Sorte de quem encontrar todos os pedaços,

Traduzir toda importância do nosso momento;

Até mesmo a Babilônia ruiu, minha amada,

Mais uma lenda contada em poucas linhas,

O tempo anda sem ter pena alguma de nós,

Pensamos na natureza a nos contemplar,

As estrelas, esse planeta, ainda são testemunhas,

Na tristeza de todos os lugares se perderem,

Não nos reconheceríamos mais nesses locais,

Nos perderíamos em areias no mar do tempo,

Eterno seria apenas a lembrança que temos,

Do momento efêmero para nós real e eterno;

(Data: 17 de Julho de 2018)

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