Jornada para casa

Era uma longa jornada até minha casa,

Tirei tempo a pensar e olhar meu coração,

Tive comigo duas mulheres e uma garrafa;

Encontrei preciosos sentimentos, no chão.

O coração não era o mesmo, eu já não era o mesmo,

Não fui capaz de guarda-los,

Qual sentindo em manter algo assim, amaçado?

Então pude sentir a idade, o peso.

São diversos os perigos de andar sozinho,

Fiz uma oração, roguei aos céus e nada...

Continuei, não podia parar no meio da estrada,

Guardei comigo, o único amigo, perverso vinho,

Não sabendo mais se ajuda ou perturba...

E mesmo nesta confusão, olhar para trás, nunca!

Mas como a mulher de Jó, olhei as minhas costas,

Me estagnando em um relacionamento ilusório

Nessa procura de amor, andando em linhas tortas

O coração palpitava com a relação já em óbito,

Quem me amaria agora? E mais uma vez, sozinho;

De longe avistei a esperança vestida em vermelho

Nesta longa caminhada entre galhos e espinhos,

Era tu, me trazendo o desejo,

Desejo de encontrar uma saída, viver a real vida.

Já não andava no mesmo rumo, fazendo a Deus louvor,

E aquilo que antes era casa, agora de nada valia,

Pois em meu coração tu fez morada e consolidou amor.

Rafael Petito
Enviado por Rafael Petito em 19/08/2018
Reeditado em 25/09/2018
Código do texto: T6424208
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