PARADOXO DO CONTROLE

Te querer não é minha dúvida,

mas a resposta que gera a próxima:

Como posso?

Até quanto?

Quando?

Porque te quereria?

Se você não corresponde,

está sempre fria,

ou fui eu quem não descobri

a temperatura certa de te contagiar?

Parece que brincas comigo,

me chamando de amigo,

e me negando abraços.

Parece que sou de todo tolo,

mesmo assim não controlo,

fico juntando pedaços.

Pois há um quebra cabeça mental,

que já me tirou do normal,

me fez mais que apaixonado.

Alguns momentos

potencializam as sensações

que me levam a te querer,

e eu tento me convencer,

que posso ter o controle.

Já perdi minha sobriedade!

Então me dou conta

que não estou mais em mim,

quando te deixo no portão

e sou dominado pela sensação

sem responder os porquês...

está tão distante a próxima vez.

Outra vez você me tira deste universo,

me deixa viajando em versos,

num outro multiverso qualquer.

Depois de horas sem aterrissar,

sem saber mais no que pensar,

quero novamente assumir o controle.

Controle,

do que nem sei o que é?

Nunca soube,

o que quer?

Além de me controlar?

Ou será que te dei o controle

por dizer te querer,

quando tudo que quis,

foi tentar convencer,

que você é quem precisa me ter.